sexta-feira, 19 de junho de 2009

TE FERI COM A MINHA DOR, ME FERISTE COM O TEU AMOR!





Meu Senhor,
Vejo que queres
Ser glorificado
Em minha vida;
O que posso eu
Fazer por Ti?
Ó minha Eterna Alegria.

Antes que eu
Abrisse meu coração
Para te acolher
Em meu íntimo,
Tu fizeste questão
De que o Teu coração
Pela lança do soldado fosse atingido.

Para que eu pecador
E simples mortal,
Nesta terra contemplasse
O Teu desejo
De ser o amigo íntimo
Da minha intimidade

Ao ver
Que do Teu coração
Saía sangue e água,
Compreendi que na cruz
Tu lembraste
Da minh'alma.
Porque aos olhos carnais
A dignidade da minha vida
Pelo pecado
Estava corrompida.

Tu me amas
Ao ponto
De não me esconder
A Tua intimidade,
Enquanto eu
Te escondo
A minha própria verdade.

Meu Senhor,
Já que não tens vergonha
Ou receio de assumir
A Tua verdade,
Vem me favorecer,
Vem enriquecer
A minha pobre humildade.

És tão acolhedor
Que no rio
Da Tua íntima verdade
Conheço e vivo
Da Tua Misericórdia
Quero que entres
Em minha vida
Vem comigo
Conhecer minha história.

Minha vida
É como um rio
Que está correndo
Sem sentido,
Porque no abismo
Do erro e do pecado
Acabei caindo.
O rio da minha vida
Não arrastou
Nenhuma glória
Ou vitória
Porque quis
Correr sozinho.

Já me desgastei
Em querer
Receber vanglória
E no meio
De minha corrida
Me deparar com derrotas.

Quero unir
O rio da minha vida
Para lançar-me
No mar
Da Tua Misericórdia.

O que é
A minha verdade
Comparada à Tua?
Enquanto a Tua
É autêntica
A minha por está
De vergonha camuflada
Só vive de aparência.

Oh meu Amado!
Quero eu
Ocupar a brecha
Do Vosso Coração
Que pela lança
Ficou chagado,
Pois em Tua Misericórdia
Quero viver mergulhado.

Por que
Que muitas vezes
Ousei ferir
A digna verdade
DoTeu coração
Com meus pecados
E com minha falta
De compreensão?!
Como eu pude
Chegar ao ponto
De permitir
Que o mundo,
O inimigo e o pecado
Seduzissem meu coração
Com a intenção
De só ferí-lo
E conduzí-lo
À perdição?

Com medo
Da minha própria verdade
Redescobrir,
Na omissão caí
E não quis
A mim mesmo ferir.
Também por isso
Não permiti
Que em meu peito
Fosse cravada
A lança da conquista,
Da vitória e da glória
Por Ti.

Se contigo
Eu quero ser um,
Vens ferir também
O meu coração
Para que assim
Tenhamos algo
Em comum:
Se eu te feri
Com o meu pecado
E minhas derrotas
Agora é a Tua vez
De me ferir
Com a Tua graça
E Misericórdia.
Estando fincada
Em meu peito
A lança da conquista,
Da vitória e da glória;
Tua verdade íntima
Transformará a minha.

Assim
Já não só
Conheço ou vivo
Da Tua Misericórdia,
Como também
Eu poderei cantá-la
Em minha história.
Já que me ganhaste
Posso dizer
Que te conheço
Em mim
Porque Tu
Me deu a graça
De me conhecer
Melhor em Ti.
Sustentado e transformado
Pela Tua Misericórdia
Obterei por Ti vitórias.

Todos os espaços
E lugares conquistarei,
Mas o que tenho
De mais precioso
É todo Teu
Ó meu Rei.
O meu próprio coração,
Que é o mais íntimo
De todos os espaços;
Este só Tu
O conquistas,
Ó meu bem Amado.


m.J.s.m.